domingo, 22 de agosto de 2010

Certezas da Vida!


     Há muitos muitos anos no reino encantado da fantasia , nasceu a mais bonita princesa de todos os têmpos .
     Foi a melhor forma que encontrei para começar um texto que falasse de ti.
     Existem pessoas que, pelos mais diversos motivos nos marcam , quer seja de forma positiva ou não. Tu és de facto uma das chaves do meu coração.
     Consegues pôr-me com um sorriso nos lábios mesmo quando me encontro no fundo do poço. Contigo sofro pois quando não estás bem eu também não estou. Por ti sou capaz de fazer tudo, independentemente do que seja.  Não deveria dizer isto mas daria minha vida por ti se fôsse preciso.
     Tenho a certeza de algumas coisas... Tenho a certeza que só a morte nos separará. Tenho a certeza que nunca direi nada que venha do meu coração e te ofenda pois não conseguiria.
     Eu e tu , tu e eu somos farinha do mesmo saco , melodia da mesma canção.  Somos inseparáveis e eu gosto disso.
     Ás vezes ligo-te mesmo por nada só porque me apetece ouvir tua voz.  Outras vezes és tu que me ligas a contar os teus problemas e eu sinto-me tão bem por ser o escolhido.
     Sinto-me bem , no final de tudo por seres a minha melhor amiga , a minha melhor confidente ...
     As lágrimas estão a correr-me pelo rosto, a caneta treme enquanto descarrego nas palavras todos os sentimentos nutridos por ti.
     Como costumo dizer às pessoas importantes na minha vida, há gente que fica na história da história da gente e tu ficarás com certeza na minha.

Até breve,

 Sérgio Ficher

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Hoje, és tu mãe

   

      Neste dia tão especial não posso deixar de prestar atenção á estrela mais importante do meu céu, á flor mais bonita do meu jardim, afinal de contas á pessoa mais importante da minha vida.
     Hoje completas mais um ano, e continuas a mesma. Continuas a ser tão especial como no primeiro dia que te vi. Continuas a ser meiga, carinhosa, continuas a ser a mãe perfeita.
     Ainda me lembro de ter seis anos e de adormecer a mexer-te no cabelo. Devo confessar que quando o cortavas odeava.
     Adoro a forma como me tratas, sempre preocupada se eu estou bem ou não. Adoro quando me ligas mesmo por nada só para perguntar se está tudo bem...
     Sou literalmente obrigado a dar-te duzentos beijos por dia e  mil e quinhentos abraços, mas sabes... Lá no fundo eu até gosto.
     És a minha pequenina grande, que está comigo nos bons e nos maus momentos e por isso tenho de te agradecer. Agradecer por seres mais do que uma mãe, acima de tudo uma amiga.
     Por vezes, acabamos de escrever um texto e estamos com as lágrimas nos olhos. Lágrimas de gente que fica na história da gente, lágrimas de alegria por saber que te terei para sempre no meu coração, lágrimas, pensando bem, de tudo o que já passámos juntos e sabes que não foram nada poucos os momentos em que nos ajudámos um ao outro. Vivemos um para o outro e isso faz toda a diferença. Nunca te esqueças que serei a esterna criança que te dizia adeus de manhã quando me ias levar ao colegio.

Muitos parabéns,

Sérgio Ficher

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Relatando o momento

     De manhã, bem cedo, fui esperar o autocarro que dá para a Praia da Vitória. Tinha o dia bem planeado e de entre muitas outras coisas iria almoçar com alguns colegas.
     O autocarro estava atrasado e é quando vejo uma senhora na casa dos oitenta anos, com as pernas ligadas, o peso da idade nas costas, a bengala numa mão e a outra carregada de sacos. Levava um lenço na cabeça e no rosto trazia as marcas de uma vida de trabalho.
     Como sempre fui assim e não posso nem quero deixar de o ser, prontifiquei-me logo a ajudar e ofereci-me para levar os sacos a sua casa, esquecendo os meus próprios planos.
     A verdade é que ela não estava muito disposta a aceitar a minha ajuda, pois com a idade que tinha era normal mostrar alguma desconfiança. Tanto insisti que ela aceitou.
     A caminho daquela que eu pensava ser a sua casa, confessou-me que nos dirijiamos para o seu local de trabalho à quarenta anos.        
     Nuca fez descontos e de forma consequente não tinha direito, sequer a uma pensão por invalidês. Ou seja, é trabalhar até morrer. Morrer, se calhar, numa das suas tão difíceis caminhadas até à casa onde "dá dias".
     Perguntei-lhe se tinha família e ela esmorecendo ainda mais do que já estava, revelou-me que nunca tinha tido filhos e que a ùnica família que tinha era uma irmã acamada da qual ela própria tratava. Afirmou que a sua família, era afinal de contas, as pessoas para quem toda a sua vida trabalhou.
     Deixei-a no sítio previsto e regresssei a casa. Para falar a verdade não estava com muita vontade de me ir divertir depois de uma história de vida daquelas.
     Ao despedir-me dela, deu-me um abraço e um beijo. De uma coisa tenho a certeza, aqueles segundos ficarão guardados para sempre no meu coração.
     Resumindo, o episódio que acabei de relatar é um retrato do nosso país. É preciso não esquecer a população idosa e como cidadão estar sempre atento ao que mais falha na nossa sociedade.   
     Confesso que tenho quase a certeza que a minha ida à Praia da Vitória não ia ser tão boa como foi este meu "passeio".

Sérgio Ficher


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A água dos dias



Pelo mar andam as águas,
pela terra correm os dias;
Cada vez sinto mais mágoas,
e também mais alegrias.

Tudo passa com velocidade,
num princípio, num meio e num fim...
Onde está a minha mocidade?
Pois quero-a toda para mim.

O sonho comanda o desejo.
O pesadelo traz  desespero.
Sempre sinto alguma saudade.
Sempre sinto alguma frieza...

A recordação é a felicidade.
O que à memória falha, a tristeza.
O futuro é o que vejo,
e o que recordo de volta quero.

A chuva começa a cair.
O prédio na rua a ruir.
A chuva e o vento estão a cantar
e a letra não consigo decifrar.

Ó destino maléfico
que pena de ninguém tens!
Ouve por favor as minhas súplicas...
Queres sangue, queres vida, queres alma.

Pelo mar andam as águas,
pela terra correm os dias.
Cada vez sinto mais mágoas,
e também mais alegrias.

Sérgio Ficher

sábado, 14 de agosto de 2010

Minha eterna amada!

      Meu amor,

     Podia dizer o quanto gosto de ti, o quanto te amo, mas acho que neste momento não é o mais importante.
     Às vezes, em horas de solidão, dou por mim a pensar nos maravilhosos momentos que passámos juntos, dou por mim a pensar no que poderíamos ter sido e não fomos. Culpo os ventos do destino, pois foram eles que te levaram de mim.
     Hoje, não sou a mesma pessoa, a felicidade tornou-se quase inexistente. Adormeço a pensar em ti, e a verdade é que, acordo com o mesmo pensamento.
     És e sempre serás a minha musa inspiradora,  aquela que venero. Tenho saudades dos momentos em que, rebolávamos na relva sem nos importarmos se alguém reparava. Tenho saudades de te beijar, de te tocar. Tenho saudades até, do teu perfume.
     Os teus olhos, o teu rosto, o teu cabelo... São coisas que ficarão na minha memória para sempre.
     Agora, já não te posso ter. Partiste de uma forma tão rápida e deixaste-me para todo o sempre em sofrimento.
     Neste momento, ando por aqui, sem rota, sem rumo, sem saber ao certo o que fazer. Sem saber ao certo, na realidade, onde me encontrar.
     Tenho a certeza que um dia, voltaremos a ser um só, poderei tocar-te novamente, poderei voltar a beijar-te, mas por enquanto vou desabafando nas palavras  aquilo que a ti não te posso dizer, pois não sei se me ouves.
     Isto não é uma despedida, pois estou ligado a ti para sempre.

Até breve,

Sérgio Ficher

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Tempestade"


Sinto as rajadas do vento,
ouço os pingos da chuva.
Lá fora, há tempestade.

Os trovoões iluminam o quarto,
o portão da rua bate mais.
Lá fora, há tempestade.

Com a melodia dos vendavais,
escrevo mais um verso.
Lá fora, há tempestade.

No entanto, tenho algum alento
enquanto com o livro ,discretamente, converso.
Lá fora, há tempestade.

Sérgio Ficher

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Desconcerto da Vida

     Olhando o televisor que me vai bombardeando televisão a todos os segundos, apercebo-me que mais um incendio deixou dezenas de pessoas desalojadas e  outras quantas, que, com ainda menos sorte, perderam a vida.
     Dou por mim a pensar na injustiça da vida, na injustiça do destino, na injustiça, afinal de contas, de tudo.
     E dizemos nós que estamos mal. E passamos, nós, portugueses, a vida a queixar-nos, mas isso já é uma característica nossa. Se calhar, é por isso que estamos sempre na sepa torta.
     Estamos mal porque recebemos menos, estamos mal porque o juro súbiu. Estamos mal porque perdemos o autocarro e o outro só passa, vejam bem, daqui a cinco minutos.
     Quando não temos nada para ficar mal, ficamos mesmo por nada, porque o que o verdadeiro português não pode é estar bem...
     E os outros? Será que pensamos neles?
    Será que nos lembramos que, no segundo em que dizemos que não estamos bem, morrem pessoas à fome e à sede?
     A verdade é que não nos lembramos, e isso deixa-me intrigado. Deixa-me a pensar e a interrogar-me: Que mundo é este? Que mundo é este? Que mundo é este?
     Não sou ninguem para julgar os outros, mas estes "outros", são os outros, em que, como português, me insiro.

Sérgio Ficher 

Minha amada, Terceira



Minha querida ilha Terceira


Gente de grandes touradas

És terra de gente festeira

E também de grandes marradas.



No São João saímos á rua

E no carnaval á rua saímos

Esta festa é minha e tua

E com a cantoria nós já rimos.



As velhas da minha cidade

Foram feitas a cantar

E é com grande amabilidade

Que estão sempre a festejar.



Quando a festa se acaba

Elas estão a morrer

Mas quando se fala em tourada

Vamos lá mas é a correr.



Somos Património Mundial

De orgulho se enche o peito

Estamos na história de Portugal

Fomos feitos a preceito.



O foguete já se ouviu

Deixem-me lá ir embora

Pois a vaca já tossiu

E o bodo já vai lá fora.


Sérgio Ficher



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Desabafando nas palavras

Ando por aqui, sem rota, sem rumo
nos mares do meu coração,
pois sem ti quase me sumo
navegando na minha solidão.


Uma rajada de ventou passou
e deixo-te perto de mim
Agora o momento chegou
e quero-te até ao fim.


Sei que posso dividir a vida
em três momentos distintos
mas a que me é mais querida
é aquela em que encontro mais labirintos.


Adormeço a pensar em ti,
acordo com o mesmo pensamento.
Es o poema que não li
és a luz no fimamento.

És perola de magia,
meu sorriso ao amanhecer,
aquela que me dá alegria
a que nunca vou esquecer.


Sérgio Ficher