segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A água dos dias



Pelo mar andam as águas,
pela terra correm os dias;
Cada vez sinto mais mágoas,
e também mais alegrias.

Tudo passa com velocidade,
num princípio, num meio e num fim...
Onde está a minha mocidade?
Pois quero-a toda para mim.

O sonho comanda o desejo.
O pesadelo traz  desespero.
Sempre sinto alguma saudade.
Sempre sinto alguma frieza...

A recordação é a felicidade.
O que à memória falha, a tristeza.
O futuro é o que vejo,
e o que recordo de volta quero.

A chuva começa a cair.
O prédio na rua a ruir.
A chuva e o vento estão a cantar
e a letra não consigo decifrar.

Ó destino maléfico
que pena de ninguém tens!
Ouve por favor as minhas súplicas...
Queres sangue, queres vida, queres alma.

Pelo mar andam as águas,
pela terra correm os dias.
Cada vez sinto mais mágoas,
e também mais alegrias.

Sérgio Ficher

1 comentário:

  1. Gostas de rimar com repetição,
    Já deu para reparar,
    Mas não usas sempre disso solução,
    Para ninguém se fartar...

    Está engraçada a poesia,
    E foi feita a direito,
    Usas a palavra dia,
    Para rimar a preceito...

    Mas não repitas tanto,
    Isto é só uma mera opinião,
    Que o poema vale o seu encanto,
    Às vezes sem repetição...

    Cumprimentos,

    Rodrigo Silva

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