quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Desconcerto da Vida

     Olhando o televisor que me vai bombardeando televisão a todos os segundos, apercebo-me que mais um incendio deixou dezenas de pessoas desalojadas e  outras quantas, que, com ainda menos sorte, perderam a vida.
     Dou por mim a pensar na injustiça da vida, na injustiça do destino, na injustiça, afinal de contas, de tudo.
     E dizemos nós que estamos mal. E passamos, nós, portugueses, a vida a queixar-nos, mas isso já é uma característica nossa. Se calhar, é por isso que estamos sempre na sepa torta.
     Estamos mal porque recebemos menos, estamos mal porque o juro súbiu. Estamos mal porque perdemos o autocarro e o outro só passa, vejam bem, daqui a cinco minutos.
     Quando não temos nada para ficar mal, ficamos mesmo por nada, porque o que o verdadeiro português não pode é estar bem...
     E os outros? Será que pensamos neles?
    Será que nos lembramos que, no segundo em que dizemos que não estamos bem, morrem pessoas à fome e à sede?
     A verdade é que não nos lembramos, e isso deixa-me intrigado. Deixa-me a pensar e a interrogar-me: Que mundo é este? Que mundo é este? Que mundo é este?
     Não sou ninguem para julgar os outros, mas estes "outros", são os outros, em que, como português, me insiro.

Sérgio Ficher 

4 comentários:

  1. Estamos mal ... sabes porquê? Porque não há apoios à nossa escrita, quem devia querer saber dos jovens não quer... olhem depois lamentem-se que a juventude está perdida... Tivessem tentado evitar...

    Mas foi bem feita a tua observação e mais digo o bom português apesar de lento, desistente, e ainda de estar sempre mal com a vida é com certeza o povo com mais esperança...

    - Temos esperança que baixem os impostos
    - Que quando fazemos uma volta na cidade que não nos mandem para 5 sitios diferentes e não resolvamos nada
    - De não ter filas interminavéis...
    - De ter bons politicos, ou pelo menos "sérios"
    - De não ter jornais como o 24 horas (a brincar esta)
    - Que apoiem a nossa escrita enfim

    Temos esperança de outro Mundo... oxalá não cheguemos a Marte, pois se levarmos um português teremos a esperança de lá ficar mas nunca nos satisfaremos com os seus recursos e por ser outro planeta...

    Cumprimentos e continuação de um bom trabalho,

    Rodrigo Silva

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  2. Pois é concerteza uma realidade. A esperança é a última a morrer...

    Enquanto há vida, há, concerteza, esperança.

    Haja saúde!

    Sérgio Ficher

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  3. Não sei se será esse o teu caso, mas esses poemas que dedicas a um amor já ido resultaram de uma experiência própria? A julgar pelo peso emocional sim...
    Assim sendo, meu amigo, não te queixes que o teu amor se foi e não volta levado pelos ventos do destino, ao menos soubeste verdadeiramente o que é amar alguém. Quantos "outros" tiveram muito menos sorte que tu, vivendo numa ilusão?
    Agradece antes essa oportunidade tão rara, e dá-te por feliz com ela.
    No entanto, se desabafas nas palavras sentimentos que apenas imaginas como sendo prováveis para alguém que tenha tido tal experiência, apenas te digo parabéns, resultou bem.

    Beijinho

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  4. eiiii, entao e o meu livro. eu quero ser convidada para o lançamento, ja me estou a ver na fila de autografos, haha, kuanto mais nao seja á tua espera para irmos dar passeios de mini bus ou sentarmo-nos nos degraus da sé á espera que a hora chegue e traga conssigo a paxourra para ir para as aulas. XD. os textos estao lindussss . parabens. eu cntinuo a espera do livro.

    p.s. - ei n fui eu. :P

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